MPF denuncia quadrilha de jogos de azar em Teresópolis
O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia à Justiça contra 15 integrantes de uma organização criminosa que explorava jogos de azar em Teresópolis e incluía dois policiais. Eles vão responder por formação de quadrilha e crimes como corrupção, contrabando e ganhos ilícitos com fraudes. A denúncia, proposta pelo procurador da República Édson Abdon Filho, foi recebida pela Vara Federal de Teresópolis, onde agora tramita o processo penal.
Durante as investigações, a Polícia Federal cumpriu buscas e apreensões em que encontrou vários componentes eletrônicos das máquinas, softwares de jogos, recibos, cópias de ações de mandado de segurança para viabilizar a exploração de jogos e R$ 24 mil em espécie.
Em setembro de 2007, a Polícia Federal, a pedido do MPF, recolheu 140 máquinas caça-níqueis em quase todos os bares da cidade e deteve uma pessoa, que revelou o esquema e alguns envolvidos. A partir de números de telefone, foi descoberto o acobertamento da atividade ilegal pelo policial civil José Carlos Saad.
Vítor Pereira Lajes, conhecido como Vitor da Ilha, foi apontado pelos envolvidos como o líder da quadrilha. Ele é sócio da Sajal Locação de Máquinas, que seria o escritório do grupo, em Itaguaí. Seu braço-direito era Anderson de Oliveira Santos, conhecido como Passarinho, que determinava os rumos dos negócios, emitia ordens expressas, autorizava a instalação e o recolhimento de máquinas e agendava o pagamento e a retirada do dinheiro. O sargento Paulo Marco Ferreira dos Santos, da Polícia Militar, era um dos arrecadadores do esquema e informava sobre a movimentação policial.
Lista dos denunciados e seus crimes
● Vítor Pereira Lajas; João Moura da Fonseca; Breno Moreira Affonso; Bruno Moreira Affonso; Flavio Henrique da Silva Cordeiro; Roni da Silva Quinteiro; Valcimar Pontes de Souza; Antonio Carlos Cruz dos Santos; Adriano Ribeiro Granito; Valmir Teixeira Ramos; Paulo Marco Ferreira dos Santos (policial militar) formação de quadrilha; corrupção ativa; contrabando; exploração ilegal de loteria; crime contra a economia popular (ganho ilícito mediante especulações ou fraude).
● Anderson de Oliveira Santos formação de quadrilha; corrupção ativa; contrabando; exploração ilegal de loteria; crime contra a economia popular.
● Roberta de Sampaio Silva formação de quadrilha; contrabando; crime contra a economia popular.
● José Carlos Saad (policial civil) formação de quadrilha; violação de sigilo funcional; facilitação de contrabando; corrupção passiva.
● Marilce de Souza Pinto (dona da padaria Paraíso) formação de quadrilha; contrabando; exploração ilegal de loteria; crime contra a economia popular.