MPF denuncia 24 pessoas da Operação Hurricane-Furacão
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro ofereceu denúncia e pediu a prisão preventiva de 24 envolvidos na Operação Hurricane-Furacão, no último dia 20. Os réus responderão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa ou passiva. Entre eles, estão advogados, policiais e empresários de bingos. Dos 24 denunciados, 21 estão cumprindo prisão preventiva e três estão foragidos.
O inquérito criminal, que tem parte dele tramitando no STF por envolvimento de pessoas com foro privilegiado, foi desmembrado e remetido para a 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro, para que os investigados que não têm cargos com prerrogativas especiais respondam ao processo na 1ª instância da Justiça Federal.
Há dois anos a procuradoria da República no estado do Rio de Janeiro criou o Grupo de Controle Externo das Atividades Policiais, baseada nas atribuições do MPF previstas na Constituição Federal e na Lei Complementar 75/93. Havia a necessidade de investigar atividades policiais federais, pois, em 2003, com a Operação Planador, foi descoberta uma rede de corrupção para emissão de passaportes falsos dentro da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Com a apuração mais detalhada de informações, vários inquéritos criminais foram instaurados por requisição do MPF.
A Operação Hurricane-Furacão também iniciou-se a partir do mesmo trabalho, mas em agosto do ano passado o inquérito criminal foi remetido para a Procuradoria Geral da República, em Brasília, por questão de competência processual, pois nomes de pessoas com prerrogativa de foro apareceram nas investigações.