MPF consegue parar obras em duas ilhas de Angra dos Reis
O Ministério Público Federal obteve na Justiça decisões liminares para impedir a construção e o funcionamento de dois complexos de lazer nas Ilhas Comprida e da Mandala, em Angra dos Reis. As obras eram realizadas sem licenciamento ambiental e, segundo o Ibama, vinham causando graves danos ao meio ambiente. As decisões dizem respeito a duas ações civis públicas movidas na 1ª Vara Federal de Angra dos Reis no último dia 14.
Entre os danos ambientais, o Ibama aponta a supressão de vegetação de Mata Atlântica, a construção sobre costões rochosos, o lançamento de efluentes líquidos sem tratamento direto no mar, a movimentação do solo acarretando erosão, poluição sonora e atmosférica e o afugentamento da fauna.
A intenção dos réus era instalar nas ilhas dois grandes empreendimentos: uma boate Privilege na Ilha da Mandala (Cunhambebe Mirim), com capacidade para 1.200 pessoas, e o projeto ISLA, na Ilha Comprida, com casa de shows, restaurante e bares.
Essas decisões atendem à efetiva proteção do meio ambiente, impedindo o prosseguimento das atividades danosas, afirma o procurador da Republica André de Vasconcelos Dias, autor das ações.