MP Federal manda apreender caça-níqueis
O Ministério Público Federal obteve, em medida cautelar, busca e apreensão das máquinas caça-níqueis de 28 bingos no Rio de Janeiro. A decisão favorável foi deferida pelo juiz da 1ª Vara Federal Criminal, Marcos André Bizzo Moliari. Além das máquinas, foram apreendidos dinheiro e documentos, que serão analisados com o objetivo de obter provas da prática de contrabando, quadrilha e crimes contra a economia popular.
Os procuradores da República Carlos Aguiar, Eduardo André Pinto, José Augusto Vagos, Luiz Fernando Lessa também requisitaram à direção-geral da Polícia Federal em Brasília vários inquéritos para apurar o contrabando das máquinas e as pessoas que estão por trás das importações fraudulentas.
Esses inquéritos servirão também para apurar os responsáveis que alocam as máquinas caça-níqueis no interior dos bingos, uma vez que investigações prévias já constataram que o quadro social de diversos bingos e empresas importadoras é formado por "laranjas", esclarece o procurador da República José Augusto Vagos.
A Polícia federal, acompanhada por auditores da Receita Federal, apreendeu as máquinas dos bingos Municipal, Bangu, Copacabana, Catete, Madureira, Meriti, Méier, Tijuca, Ilha Rio, Saens Pena, da Praia, Cidade, Taquara, Senador Dantas, Magic, Assembléia, Arpoador, Carioca, das Nações, Recreio, Ipanema, Rio Branco, Intendente Magalhães, Voluntários, Rio das Pedras, Scalamare, Campo Grande e Espaço Marquês. As máquinas caça-níqueis apreendidas serão guardadas em espaço cedido pela Marinha do Brasil.
Os procuradores da República calculam que a decisão compreende, ao todo, 6.250 máquinas caça-níqueis avaliadas em US$ 75 milhões. Essas máquinas seriam responsáveis pela arrecadação diária de quase R$ 22 milhões.